Paparazzis ambulantes…

Atualmente há uma verdadeira febre de fotos tiradas a nossa revelia e nos lugares mais impróprios. E o que é pior: muitas vezes sequer percebemos que estamos sendo fotografados.

 

Há uma total falta de critério quanto a momento além da desconsideração pelo objeto da foto que muitas vezes não deseja toda essa exposição. O fato é que com a invasão de câmeras digitais temos uma multiplicação de “paparazzis”.

 

A meu ver é invasão de privacidade, um atentado ao direito das pessoas de viverem a sua vida em paz. Tirar fotos dos amigos, da namorada, do filho, da praia é sempre um prazer e gostamos de receber (mesmo com uma qualidade questionável) a foto do sobrinho pelo celular.

 

Mas o problema é quando as fotos tiram a sua liberdade: você está deitando na praia, ou comendo em seu restaurante preferido e, ao seu lado um cara tira uma foto sua, e aí?

 

 

Se você adora tirar fotos com seus brinquedinhos eletrônicos, saiba que existe sim, uma etiqueta para que você não seja enquadrado na categoria dos malas inconvenientes:

 

– jamais tire fotos em mesa de refeições. Comer é um ato íntimo que deve ser preservado. No máximo uma pose depois de tomado o café. Simples assim.

 

– em viagens com amigos – por mais íntimos que sejam, evite as famosas fotos no quarto do hotel – quem precisa disso depois dos quinze anos de idade?

 

– fotos de (e com) artistas – se você tem mais de 18 anos, evite pedir que eles paguem esse mico. Sim, todos adoram ser reconhecidos e ter um fã clube, mas não, eles não gostam de posar enquanto estão desfrutando de algumas poucas horas de lazer, tentando se divertir anonimamente.

 

Finalmente, antes de sair por aí clicando, lembre-se que é muito melhor viver o momento (e deixar que os outros o vivam sem interferência) do que registrá-lo de maneira quase sempre ineficiente e duvidosa…

 

Agora, se for mesmo irresistível e inevitável, lembre-se que não custa nada, perguntar: posso tirar uma foto sua?

 

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