A TEMPESTADE

Conta-se que certa vez a Organização das Nações Unidas – ONU, querendo fortalecer os laços de amizade entre as nações, promoveu um grande concurso de artes plásticas, destacando-se a pintura. A PAZ era o tema principal do concurso. Outro tema não poderia ser escolhido, pois o que melhor fortaleceria a amizade do que a PAZ… a HARMONIA entre os povos? Artistas de vários países se inscreveram, famosos e anônimos. Todos apresentaram trabalhos que, pela ótica de cada um, representava a PAZ. E, assim, no salão nobre da ONU, foi montada a exposição com todos os trabalhos inscritos. Durante a amostra, um júri, composto por especialistas em artes e por pessoas que trabalham em prol da paz, com o intuito de atribuir uma nota, analisavam minuciosamente cada obra.
Por fim, foram selecionadas três obras. Todas as três, quadros que retratavam paisagem. Um dos quadros mostrava um céu com um azul indescritível, com brancas nuvens esparsas, pássaros voando sob um sol amarelo. Simplesmente lindo. Outro trazia um campo florido, com as mais variadas espécies de flores e cores, algumas árvores, borboletas multicoloridas, beija-flores e outros pássaros voavam como se estivessem dançando ao vento. Dava para sentir o aroma das flores e a brisa suave. Realmente era belo e transmitia uma paz enorme. O último quadro, embora fosse uma paisagem como os outros dois, era tenebroso, pois trazia uma noite escura, tempestuosa. Mostrava o mar agitado, raios cortando a escuridão da noite. Na praia, uma pedra era violentamente atingida pela ondas do mar e da chuva que caía torrencialmente sobre ela. Sentia-se arrepio ao olhar para aquele quadro e as pessoas não conseguiam entender o porque ele era um dos finalistas. Chegou o dia dos jurados anunciarem o vencedor. Qual trabalho realmente representava, da melhor forma, a paz? O juri foi unânime em apontar como vencedor o quadro “A Tempestade”. Foi um murmurinho, as pessoas não aceitavam o julgamento. Como um quadro que transmitia medo poderia representar a PAZ? Os jurados, então, reuniram os presentes em volta do quadro e pediram que todos observassem, atentamente, cada detalhe do quadro e, enquanto as pessoas observavam, eles foram explicando: – Vejam que noite escura, como o céu está carregado de nuvens negras. – Olhem os raios cortando a escuridão. – Observem as ondas, notem que elas batem, impiedosamente, com violência contra a rocha, sem dizer desta chuva torrencial. – Mas… observem que há na rocha uma fresta. E, nesta fresta, um ninho de passarinhos. Notem que os pássaros estão no ninho e que dormem. – Como poderíamos ter escolhido outra obra? Onde poderíamos encontrar o melhor retrato da paz? – Vocês notaram que, mesmo na intempérie, os pássaros dormem em segurança? Não estão assustados, repousam seguros em seu lar.

Assim deve ser a vida do crente. Devem construir a sua “casa” sobre a rocha, que é Cristo e, pode o mundo “cair” que ele estará seguro e em paz.
“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína.”
(Mateus 7:24-28)

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