O TOMATE BRILHANTE

Dona Cida era freguesa assídua da quitanda do Sr. Tanaka, principalmente por ter os tomates mais vistosos e brilhantes que já vira. Sempre comentava com seus vizinhos, amigos e familiares o quanto eram brilhantes e saborosos.

Mas, grande foi sua surpresa, quando certo dia entrou na quitanda e viu seu Tanaka limpando os tomates com um pano de chão. Ficou desconcertada, que decepção! Dona Cida voltou pra casa e até de quitanda trocou. O Sr. Tanaka estranhou sua ausência, mas por não saber sua residência, nunca soube o porquê perdera uma freguesa tão especial.

Ah D. Cida, se ao menos a senhora tivesse perguntado para o Sr. Tanaka o porquê ele fazia aquilo… Quem sabe escutaria que aquele pano foi comprado só para aquela função e não era pano de chão? E se tivesse parado para refletir um pouco, perceberia que em nada aquela atitude desabonava o lindo tomate e que com a higienização, que a senhora já fazia, se houvesse germes, morreriam.

Porém, ao invés de conversar ou questionar, D. Cida, simplesmente, resolveu abandonar os tomates brilhantes. E pior, espalhou a notícia para todos os vizinhos, amigos e familiares.

E nós, quantas vezes julgamos os outros pela aparência ou pela atitude? Simplesmente damos as costas sem nem sequer ouvir. Pior ainda, quantas vezes já fizemos pré-julgamento antes mesmo de conhecer? E quantos de nós, já não fomos julgados erroneamente?

A exemplo de Jesus sejamos acolhedores com o próximo. Não o julguemos, apenas, pela aparência ou atitude, mas o escutemos, dando ao outro a chance de falar sobre a sua história de vida e a oportunidade de seguir um novo caminho. Assim como Jesus fez com a mulher Samaritana, com a Mulher Pecadora, com Zaqueu e tantos outros.

Que Deus nos dê a graça de assim como Jesus: ACOLHER, AMAR E PERDOAR!

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