De todas as coisas criadas, visíveis, invisíveis, delicadas.
Que enche os olhos de encanto, e a alma de poesia e canto.
Há um que é incomparável, a mente não consegue descrever.
Afinal, como pensar o impensável? Tentar atingir o inatingível?
Decifrar o indecifrável? O finito penetrar o infinito?
O que é passageiro compreender o eterno?
Como sondar a essência desse mistério?
Qual poeta consegue descrever em trova e verso,
o sentimento mais terno e singular do Universo?
Não estou falando de algo que parte do homem, mas que tem sua fonte e origem no Divino bem.
O grande amor de Deus! A perfeição do sentimento!
Tão insondável! Tão admirável! Um transbordamento…
Toda beleza que se vê neste mundo,
o sentimento de esperança, da fé que alcança.
A beleza dos diferentes… As diversidades latentes…
A fertilização da vida… A cicatrização da ferida…
A emoção do prazer… O desejo do querer…
A estação florida primaveril, e o inverno cheio de riquezas mil.
Cada detalhe da vida… Cada expressão do coração…
O poder materno tão antigo, trazendo no peito o terno abrigo.
A doçura do canto… A força do pranto.
O caminho da claridade. A reação na saudade.
O verde da serra. O azul da Terra.
É o transbordar desse amor profundo,
que caprichou em cada detalhe desse mundo.
Mas, a plenitude da revelação desse divino amor, foi revelada na claridade da cruz.
Na verdade do crucificado – Jesus!
A mais linda história de entrega por amor, a Escritura resumiu em vinte e sete palavras:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
Poema de amor tão lindo jamais se viu, escrito com sangue no altar de madeira.
Profetas antigos o sacrifício previu, o Cordeiro de Deus em graça verdadeira.