AMOR SEM LIMITES

Efraim (Israel) afastara-se para longe de Deus. As dez tribos tinham caído em tão terrível idolatria, que Deus disse: “Efraim está entregue aos ídolos; é deixá-lo” (Os 4.17). A inconstância espiritual de Efraim foi descrita pelo profeta como pão que não foi virado”. Israel erguera “altares para pecar” e provocara “a Sua ira”. Efraim era “inclinado a desviar-se” de Deus. Perdera a força, e “não o sabia”. Certamente, Deus teria razão se volvesse as costas a Efraim e deixasse-lhe as consequências de seu mau procedimento. Mas não faria isso o nosso Deus misericordioso!
Longe disso, Ele lamenta: “Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel?” Aí está uma das mais comovedoras passagens da Escritura. Servindo-se da figura da repetição, tão característica da poesia hebraica, duas vezes o Senhor expressa comovente preocupação por Seu povo.
“Eu o amei”, declara Ele. Que riqueza de afeição envolve essas palavras! “Como te entregaria?” “Eu ensinei a andar a Efraim”, diz Ele ainda, referindo-se aos anos durante os quais instruíra pacientemente Israel, por meio de Seus profetas. Nesse mesmo versículo, serve-se Ele do quadro de um pai amoroso, a ensinar seu filhinho a andar, tomando-o pelos braços. Se tropeça, o bondoso pai levanta o filho e o ajuda a prosseguir. “Como te deixaria?” “Atraía-os com cordas humanas, com laços de amor”. Novamente o Pai celestial serve-se da figura de um pai amoroso, em relação a um filho desgarrado, a fim de ilustrar Seu grande afeto para com o relapso.
“Com amor eterno eu te amei, por isso com benignidade te atrai” (Jr31.3). “Como te deixaria?”
Deus ainda trata com a mesma ternura Seus filhos erradios. Ainda hoje Ele fala conosco: “Como te deixaria?” “Com benignidade te atraí”.
“Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?”
(Romanos 8.32).

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