Uma nuvem gigante de poeira foi registrada às margens do Rio Tietê, em Pereira Barreto, interior de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (1). Outras cidades também registraram o fenômeno na região de Presidente Prudente (SP) e no estado de Mato Grosso do Sul.
Em Presidente Prudente, a tempestade de poeira causou estragos e pânico na região. A força do vento, que, chegou a ter rajadas de 80km/h, derrubou árvores, destelhou imóveis e arrancou placas publicitárias e sinalizatórias, vidraças e marquises. Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas para o atendimento das ocorrências.
O trabalho também envolveu funcionários da empresa concessionária de distribuição de energia elétrica e da Defesa Civil. No Aeroporto Estadual de Presidente Prudente, a força do vento quebrou vidros do saguão de embarque e desembarque de passageiros e causou danos no terminal.
A tempestade também atingiu Três Lagoas (MS), a 313 km de Campo Grande e na divisa com São Paulo. Os ventos chegaram a 68 km/h. A temperatura que estava em 41°C, caiu para 24°C. Moradores de Sidrolândia e Nova Alvorada do Sul também registraram a chegada do temporal de areia.
Segundo a meteorologista Dóris Palma, a cena que assustou moradores é comum, principalmente nesta época do ano.
“Tempestade de areia se formam, normalmente, durante o período de transição da estação mais seca, que foi o inverno, para a estação mais úmida, que tende a ser entre o período de primavera e verão. Essas tempestades de areia se formam quando temos vários dias consecutivos sem chuva muito significativa”.
“As frentes de rajadas que se formam antes dessa tempestade chegar provocam fortes ventanias, o que, literalmente, levanta toda a poeira, mantendo esse aspecto bem escurecido dessa poeira. Quando as nuvens carregadas se formam e se juntam com toda a poeira, temos um céu bem escuro, um aspecto bem assustador”, complementa.