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Gafanhotos voltam a preocupar especialistas e Brasil prepara operação de guerra contra insetos

Gafanhotos voltam a preocupar especialistas e Brasil prepara operação de guerra contra insetos. Foto: reprodução

Um novo alerta foi ligado por causa da nuvem com milhares de gafanhotos que está na Argentina. Especialistas do país vizinho descobriram onde os animais estão: na cidade de Curuzú, a cerca de 100 quilômetros a oeste de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. A preocupação da Argentina é que os insetos ataquem lavouras de trigo e aveia e pede à população que avise qualquer sinal dos bichos.

Do lado brasileiro, uma força tarefa foi montada. Segundo a Agência Brasil, do governo federal,  se os ventos mudarem de direção, a nuvem de gafanhotos pode voltar a ameaçar o agronegócio do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Do território gaúcho, biólogos monitoram o movimento dos insetos. Mais de 400 aviões foram colocados à disposição e 11 profissionais “caça-gafanhotos” estão em campo, verificando uma possível presença dos gafanhotos com potencial de destruir plantações. De acordo com o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa), uma nuvem de gafanhotos é capaz de consumir uma quantidade de folhas equivalente a uma colheita capaz de alimentar 2.500 pessoas em um dia. Profissionais dos dois países trabalham em colaboração para conter a infestação dos insetos.

O Brasil está em alerta por causa desse perigo para a agricultura desde segunda-feira (22). Na quinta-feira (25), dia mais mais crítico até então, o Ministério da Agricultura declarou estado de emergência fitossanitária no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A medida permite a implementação de um plano de supressão da praga. Na sexta-feita (26), houve uma mudança na direção dos ventos e a nuvem de gafanhotos, que ficou fora de localização, voltou para o interior da Argentina. Neste fim de semana, com a descoberta do paradeiro dos animais, os técnicos voltaram a ficar mais atentos a movimentação dos insetos, que gostam de clima seco e calor.

Uma frente fria deve provocar mais frio no sul do Brasil, chuva e até geada. São indicativos positivos para que a nuvem de gafanhotos não ameace ultrapassar a fronteira entre os dois países.

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