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Justiça condena bispo evangélico por estuprar menina de 13 anos

Pena do líder religioso levou em consideração autoridade que ele exercia sobre a vítima. Foto: Reprodução

O bispo evangélico João Batista dos Santos foi condenado a 20 anos e 6 meses de prisão por estuprar uma menina de 13 anos. A decisão foi expedida pela Vara Criminal do Recanto das Emas, nos Distrito Federal.

O Ministério Público do Distrito Federal e Território (MDTF) afirma que a pena do líder religioso foi agravada por conta da influência e autoridade que ele exercia sobre a vítima, além do fato do crime ter ocorrido pelo menos três vezes.

João Batista dos Santos está preso preventivamente desde fevereiro. Ele já foi condenado duas vezes pelo crime de violação sexual mediante fraude, mas recorreu em ambos e respondia aos processos em liberdade.

Ele foi condenado na acusação mais recente por estupro de vulnerável após a vítima que conheceu em 2017, ter se aproximado do bispo para conversar sobre a sua orientação sexual. A denúncia aponta que o bispo assediou a garota antes do estupro dizendo que a amava e que iria casar com ela. Durante uma conversa em que a jovem, João propôs passar um óleo ungido no corpo da menina como parte de uma “cura gay”.

Após ser violentada, a garota passou por crises intensas de sofrimento mental e ansiedade até o momento em que decidiu relatar sobre o estupro. A Promotoria disse que é “evidente” que a abordagem do bispo não é novidade e configura um “padrão de ataque”.

Na condenação, foi descartado o que o bispo evangélico persuadia as vítimas quanto a necessidade de passar óleo no corpo das mulheres para livrá-las do pecado. João Batista Santos ainda não se pronunciou sobre o caso.

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