Após a intensa repercussão do vídeo do leão e das hienas divulgado em sua conta oficial no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro declarou que a publicação foi um “erro” e se desculpou publicamente com o Supremo Tribunal Federal (STF). A fala foi dada em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, durante viagem à Arábia Saudita.

No vídeo, Bolsonaro é identificado como um leão e está cercado de hienas com símbolos que representam instituições vistas como rivais. Por exemplo: partidos políticos (PT, PSDB, PDT, PSL), o Supremo Tribunal Federal (STF), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e veículos de imprensa.

Contra as “hienas”, surge, ao fim da montagem, um outro leão que, identificado como “conservador patriota”, chega para ajudar o “presidente”. “Vamos apoiar o nosso presidente até o fim! E não atacá-lo! Já tem oposição para fazer isso”, diz a legenda ao final do vídeo. Os leões se cumprimentam, e surge a imagem de Bolsonaro, uma bandeira do Brasil e a voz do presidente repetindo seu slogan: “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”.

Bolsonaro disse ainda que o vídeo foi retirado do ar após a publicação, porque eles “perceberam que estavam sendo injustos”. “Retiramos e falei que o foco são as nossas viagens”, completou. A montagem, garantiu, não foi feita pela sua equipe.

O presidente evitou responsabilizar o filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), pela publicação.