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Vítima da Covid-19, mãe espera 73 dias após o parto para segurar o filho

José Bernardo, foi considerado prematuro extremo. Foto: Divulgação/Hospital Geral Dr. César Cals

Maryane da Rocha Santos, de 31 anos, teve de esperar 73 dias — quase dois meses e meio — para poder segurar nos braços, pela primeira vez, seu filho recém-nascido, José Bernardo. O bebê nasceu no dia 8 de maio no Hospital Geral Dr. César Cals, da rede pública em Fortaleza, considerado prematuro extremo.

Segundo informações do hospital, a mãe foi diagnosticada com Covid-19 na 28ª semana de gestação e foi internada com um quadro de saúde delicado. Ela chegou a ter uma parada cardiorrespiratória e ficou 10 dias em coma induzido.

A solução encontrada pela equipe clínica foi realizar a cesariana na própria UTI para tentar salvar o bebê, que nasceu com 1,359 kg e 40 centímetros.

Recuperada da cirurgia e das complicações pela infecção do coronavírus, Maryane voltou para casa em 22 de maio, deixando o filho internado. José Bernardo foi tratado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e na Unidade de Médio Risco do hospital.

Como as visitas foram suspensas por causa da pandemia, a família teve acesso ao estado clínico do bebê por imagens, vídeos e informações repassadas pelo hospital. No dia da alta, sob aplausos de toda a equipe, Maryane e José Bernardo retornaram para casa juntos. Um momento especial para todos que torceram pela recuperação de ambos.

“Quando eu soube que ele já podia ir para casa, eu saí pulando de felicidade. É como se eu tivivesse tido ele agora. Não tem como descrever. É Deus”, comemorou Maryane.

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