Um lugar no cantinho da Baía de Guanabara, rico em beleza natural, vasta extensão de manguezais, florestas, opções de cicloturismo… Uma cidade para respirar ar puro e apreciar momentos de paz. Embarque com a gente para Guapimirim.
Ele é um dos mais jovens municípios da Serra Verde Imperial e se destaca pelo turismo de natureza. Esse paraíso fica a 77 km da capital fluminense. Longe dos engarrafamentos e das poluições sonora e visual.
De carro, saindo do Rio ou dos municípios da Baixada Fluminense, a viagem começa pela Avenida Brasil ou Linha Vermelha. Siga pela Rodovia Washington Luiz, a BR-040, em direção à Teresópolis. O trajeto leva cerca de 1h 10 min.
Quem mora em Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí, a dica é seguir pela BR-101, em direção à Magé. Depois, acesse a BR-493 até o pedágio, quando é preciso virar no sentido Rio-Teresópolis.
De ônibus, há partidas da Central do Brasil e do Terminal Menezes Cortes, na região central do Rio. A Viação Reginas é a responsável pela linha. A passagem custa R$ 18,25.
O passeio pode ficar mais interessante se for de trem. O ramal Saracuruna atende o município. Guapimirim é a última estação. O bilhete custa R$ 7,60.
A história de Guapimirim começa com a chegada das caravelas europeias na Baía da Guanabara, por volta do ano de 1502.
Quem gosta de explorar a história, não pode deixar de visitar o Túnel dos Escravos, uma preciosidade. A construção fica ao lado de uma igreja datada de 1647. Tudo perto de um importante sítio arqueológico, onde ficou comprovada a existência de populações pré-indígenas na região há pelo menos cinco mil anos.
Ainda passeando pela história, visite o Museu Von Martius e a Capela erguida em 1713, que ficam dentro do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Aqui é possível organizar um delicioso piquenique. A entrada para visitantes custa R$ 15.
A cidade tem várias outras atrações. Uma delas é o Mirante do Limoeiro, com uma das vistas mais bonitas da Serra dos Órgãos, do Mirante da Barreirinha e de uma parte do Centro de ‘guapi’. No silêncio, é possível ouvir o som das águas do Rio Soberbo.
O Vale da Lua é um espaço esculpido pela ação da natureza. As pedras nos fazem lembrar que estamos no espaço. Perto dali ficam o Poço do Pedrão e o Poço da Caverna, duas outras possibilidades para se banhar no Rio Soberbo, que alimenta a cadeia da biodiversidade da região com suas águas cristalinas.
Os Cânions do Iconha vão te deixar sem fôlego, de tanta beleza. Para chegar, pelo bairro do Limoeiro, é preciso encarar uma trilha margeando o Rio Iconha, com suas piscinas naturais de água esverdeada, resultado de uma formação que levou milhares de anos. Alguns dos paredões chegam a 40m de altura.
O poço da Concórdia foi descoberto há 10 anos e se tornou um dos queridinhos. Dizem que tem mais de 7m de profundidade. Os mais corajosos saltam da Pedra da Árvore para um mergulho refrescante.
Essa parte interna e preservada da Baía de Guanabara é cercada de beleza ímpar. Nela, fica o santuário dos botos-cinza. Faça um passeio de barco e, com sorte, é possível apreciar os grupos nadando livremente, em um show de sincronismo.
Em Guapimirim fica o Dedo de Deus, que muita gente confunde que esteja em Teresópolis. Essa rocha que pode ser vista de longe é guapimiriense. Emoldurada pelas montanhas da Serra dos Órgãos e a fantástica riqueza do Pantanal Fluminense.
Para fazer tudo isso sem perder a disposição, é preciso manter a energia do corpo. O município possui o que há de melhor da culinária brasileira. Desde restaurantes onde tudo é preparado no forno à lenha, até estabelecimentos mais requintados. As refeições têm preços a partir de R$ 30.
Passar um final de semana em Guapimirim é o mais indicado para aproveitar o máximo do lugar. As pousadas estão perto de áreas verdes, longe do barulho. As diárias para casal variam de R$ 190 a R$ 300. Para dois dias, gasto médio por pessoa de R$ 300.
Não dá para chegar em Guapimirim e achar que vai ser mais um programa repetido. Não mesmo! Cada lugar que a gente visita nos preenche de uma sensação única.