Nos arredores da Laguna de Araruama, na Região dos Lagos, uma cidade é sinônimo de paz e tranquilidade. Um paraíso que ainda resiste à vida frenética dos grandes centros. O nosso destino do Carona 93… é a cidade de Iguaba Grande, que em tupi-guarani, significa ‘lugar de muitas águas!’
A história de Iguaba se confunde com os primeiros registros históricos do nosso país. A colonização do que hoje é um município, se deu com a chegada de missionários católicos, que fizeram contato com os indígenas que habitavam aquelas terras. A região já foi destino e caminho de tropeiros; foi trilha da locomotiva a vapor que fazia o trajeto entre Niterói e Cabo Frio, e teve uma famosa fábrica de farinha de ostras.
Para chegar em Iguaba Grande, de carro, há duas possibilidades, saindo da capital fluminense pela Ponte Rio-Niterói. Uma, usando a BR-101 e depois a RJ-124, a Via Lagos. Aqui tem pedágio! Veículos de passeio pagam R$17,20 (do meio dia de segunda ao meio dia de sexta-feira); e, um pouco mais caro, R$28,70, nos finais de semana e feriados.
Outra opção de carro é seguir direto, ao sair da Ponte, pela RJ-106, a Rodovia Amaral Peixoto, que não tem pedágio. Mas, é preciso prestar muita atenção ao limite de velocidade e às dezenas de radares eletrônicos. A estrada passa por trechos de serra, de lagoa, zonas rural e urbana.
Ir de ônibus é fácil. Há saídas da Rodoviária do Rio pela Auto Viação 1001. As passagens custam a partir de R$ 54.
Iguaba Grande, também conhecida como Princesinha da Região dos Lagos, é banhada pela Laguna de Araruama, um dos maiores ecossistemas hipersalinos do mundo. É um banho salgado (e muitas vezes quentinho!), que refresca corpo e mente. Um convite quase irrecusável para relaxar e esquecer do tempo.
A cidade guarda um lugar que poucos conhecem, mas que merece ser visitado. É uma aventura para fazer com a família toda. De graça! Você escolhe: ir caminhando por dentro da água, ou ir de barco, até a Ilha de Santa Rita. Uma pequena faixa de terra de onde é possível avistar toda a orla da cidade, ouvir o som do vento e admirar os peixes que adoram pular para fora da água como se estivessem brincando de ‘pique-pega’.
Outra atração incrível é chegar até a Ponta da Farinha. É uma trilha para iniciantes, por uma reserva ecológica, partindo da praia dos Ubás. O trajeto tem quase 1,5 km. O indicado é fazer esse passeio na parte da manhã, para aproveitar a maré baixa. Leve água, um lanchinho e celular para tirar lindas fotos. Não vai se arrepender com o visual deslumbrante.
Iguaba Grande tem o Monte das Oliveiras, que fica no Espaço Ecológico de Lazer Celio Barbosa. Está rodeado pela natureza, e onde é possível ter um momento de comunhão com Deus. O parque possui lago para pesca recreativa, parquinho para as crianças e quadras esportivas.
Para esticar o passeio, vale conhecer ainda a Casa do Pescador, na Praia das Andorinhas; a Casa de Cultura, na Estrada do Sopotó, no Centro; o Horto Municipal, no bairro de São Miguel; e a famosa Praia do Barbudo. Todos com entrada gratuita.
A gastronomia é baseada em frutos do mar, como camarões e tainhas, pescados fresquinhos da Laguna de Araruama. Nos quiosques da Praia do Centro, os petiscos são ‘pedida certa’ e barata. À noite, não deixe de experimentar as famosas pizzas feitas com massa de aipim no forno à lenha. Os valores para duas pessoas partem de 70 reais.
Iguaba Grande tem diversas pousadas e hotéis. Alguns ficam bem pertinho das praias. No fim de semana, o valor da diária, para casal, sai a partir de R$ 144.
Um lugar bucólico, onde é possível viver momentos únicos e se desligar do corre-corre do dia a dia. O gasto para um final de semana, para uma família com quatro pessoas, fica aproximadamente em R$ 800.
A sensação que eu tenho é de que a cidade é uma espécie de Oásis, onde a tranquilidade é quem dita o ritmo da vida.
Partiu… Iguaba Grande!!!