Vamos embarcar em uma viagem para uma cidade na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Nela, no segundo império, foi construída a primeira estrada de ferro da América do Sul, inaugurada em 30 de abril de 1854. Arrume as malas e vamos para Magé… conhecer os atrativos naturais, como manguezais, rios, cachoeiras e montanhas.
Os primeiros habitantes foram os índios da tribo Timbiras. Com a chegada dos colonizadores, Magepe-mirim, como foi batizada inicialmente, se tornou importante centro produtivo no período colonial. Como cidade, a fundação aconteceu em 1565. Com a assinatura da Lei Áurea e os escravos livres, houve uma fase de declínio e foi preciso se redescobrir.
Da capital fluminense até Magé são 51 quilômetros. De carro, a viagem dura cerca de 55 minutos, usando a BR-116 e depois a BR-493. Tem pedágio. Carro de passeio paga R$ 18,60.
É possível chegar de trem até lá usando o ramal Guapimirim-Saracuruna. O preço do bilhete, por pessoa, custa, R$7,10.
De ônibus, há várias linhas com saídas do Rio de Janeiro, Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo. A passagem unitária custa entre R$ 4 e R$ 15,50.
O final de semana em Magé promete muitas descobertas e aventuras. A cidade tem duas praias: a de Mauá e a da Piedade. São recantos bucólicos, com natureza preservada. Lugar onde o tempo passa mais devagar. O mar é calmo e sereno. A família real já se banhou muito nessas águas. São praias de realeza!
No roteiro, é obrigatória a ida a cachoeira Rio do Ouro, patrimônio histórico tombado pelo INEPAC. A trilha foi aberta em 1723 para que fosse possível trazer minério de Minas Gerais para o Rio de Janeiro. O tempo de 1 hora e meia de caminhada é recompensado quando se chega à queda do Véu da Noiva e às piscinas naturais. É lindo demais! O mergulho é um convite ao relaxamento.
Outra cachoeira muito legal para ser visitada e manter esse contato com a natureza é a de Monjolos, que fica em Santo Aleixo. O caminho é estreito para carros. Mas, não desanime. Pelo contrário! Ao chegar ao poço, a vista é incrível!! São três quedas d’água de 40 metros de altura. Os praticantes de rapel adoram ir para lá.
Tem mais uma opção de cachoeira: é das Andorinhas. As águas são puras e cristalinas, no meio das rochas, rodeada por mata nativa. A beleza do lugar rouba a cena. O banho refrescante finaliza o passeio como toque de ‘cereja no bolo’.
Magé, uma das cidades mais antigas do país, possui 14 igrejas centenárias belíssimas. As construções têm entre 103 e 314 anos. Um acervo arquitetônico de valor inestimável. Esse roteiro faz parte do ‘Caminho das Centenárias’, reconhecido Patrimônio Imaterial Cultural do Estado do Rio de Janeiro. Uma das construções desse conglomerado religioso é a Igreja Sant’anna, onde o jogador Garrincha foi batizado. O desenho tem detalhes góticos e neogóticos.
Magé tem a Fundação de Cultura e Turismo, onde funciona a Biblioteca Municipal Renato Peixoto dos Santos. O espaço fica na Avenida São José de Anchieta, número 202, no Centro. É nela que se carimba o passaporte da Estrada Real, que tem o marco zero no Parque Estrela, situado no sexto distrito. Tudo, de graça!
À noite, um dos programas mais legais é sair para comer. A culinária local tem tempero caseiro, feita com aquele cuidado de comida da vovó. Uma delícia!!! O cheiro bom vai longe!!! O valor por casal sai a partir de 30 reais, dependendo do lugar onde você escolher para comer. Temos dicas? Temos: a Pensão da Tia Sandra, o Galeto na Brasa e o restaurante Família Faria.
Magé dispõe de uma rede de hotéis e pousadas. Alguns estabelecimentos estão perto do mar ou da mata atlântica. As diárias para casal custam a partir de 190 reais. O gasto para duas pessoas, no fim de semana, fica em torno de R$ 500.
Os pontos turísticos e históricos de Magé são atrativos para um final de semana de muitas descobertas. Tudo emoldurado por uma extensa área verde. O contato com rios e o mar renova a disposição para uma semana mais produtiva.
#PartiuMagé