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Carona 93 – Parque Estadual da Pedra Branca

Carona 93 - Parque Estadual da Pedra Branca. Arte: 93FM

 

Nos dias ensolarados, o Rio de Janeiro oferece muitas possibilidades de lazer. Hoje, vamos para o Parque Estadual da Pedra Branca, na Zona Oeste da capital Fluminense.

É uma opção fácil de chegar e de custo baixo. As atrações são quase todas gratuitas. O lugar é uma unidade de conservação ambiental desde 1974. 

O parque é considerado uma das maiores florestas urbanas do mundo, com aproximadamente 12.500 hectares de extensão. O maciço circunda os bairros de Bangu, Recreio dos Bandeirantes, Barra de Guaratiba, Campo Grande, Guaratiba, Grumari e Vargem Pequena.

Para facilitar o circuito para os visitantes, há três núcleos de acesso: Pau da Fome, Piraquara e Camorim.

Quem curte fazer trilhas, essa natureza exuberante tem muito para revelar. Um dos caminhos leva até o Pico da Pedra Branca, com 1.025 metros de altitude. É o ponto mais alto do Rio de Janeiro, no limite entre os bairros de Jacarepaguá e Campo Grande. O visual é repleto de rochas, como o granito de tom rosa claro. O principal ponto de partida dos aventureiros é na sede do núcleo Pau da Fome. 

Na extensa área da unidade de conservação estão comunidades centenárias, que fazem questão de preservar costumes e tradições. É possível visitar os quilombos do Camorim, em Jacarepaguá, onde há uma igreja intacta construída em 1625; o Cafundá-Astrogilda, em Vargem Grande; e Dona Bilina, em Campo Grande. Em todos eles, vivem descendentes de escravizados dos engenhos da região. Algumas casas são de pau a pique com telhado de sapê. 

Em um dia em que a bicharada está animada para se exibir aos visitantes, o bioma de Mata Atlântica revela toda a sua biodiversidade. Cedros, jacarandás, jequitibás e ipês ocupam os espaços da terra e são celeiro abundante da vida selvagem. É habitat de espécies como a onça parda, jaguatirica, preguiça, tamanduás, tatus, tucanos, cutias, entre muitas outras. 

Desbravando a reserva, ainda é possível se surpreender com o variado patrimônio natural. O parque guarda vestígios de construções de interesse cultural, como antigos aquedutos, represas, ruínas de pórticos de fazendas históricas e importantes sítios arqueológicos.

No roteiro podem ser incluídas as visitas ao Museu Bispo do Rosário, com acesso pela Estrada Rodrigues Caldas, nº 3.400, no bairro da Taquara. O local funciona de terça a sábado, das 9h às 17h. Reserve horário também para ir à casa da antiga sede da Fazenda Piraquara, do século XVIII, em Realengo; e ao aqueduto Veiga Brito, inaugurado em 1960, e que funciona até hoje. 

A famosa Pedra do Telégrafo, onde as pessoas tiram foto como se estivessem em um precipício, mas que tudo não passa de uma ilusão de óptica, fica no Parque da Pedra Branca. O acesso é feito por uma caminhada de três horas, começando por Barra de Guaratiba. O nível de esforço é moderado. No caminho, é possível dar um bom mergulho nas praias nativas da região. Quem quiser ir com guia, pode contratar o serviço, com preços a partir de R$ 140.

O Parque da Pedra Branca ainda reserva atrações para a família toda, pelo Núcleo Piraquara. A área conta com brinquedos para crianças, poços refrescantes e acesso à Cachoeira do Barata, única disponível para banho. Neste caso, siga até a rua do Governo, s/nº, em Realengo.

Em todos esses passeios, o recomendado é levar a própria comida. Água e sucos não podem faltar para manter a hidratação. Ah, use também filtro solar e repelente. Estar no meio da natureza exige sempre cuidados redobrados para não se perder nas trilhas ou mesmo ser acometido por algum incidente, como tropeçar em algum buraco ou ser picado por algum inseto.

Finalizado o roteiro, vale cada destino que decidir fazer em uma das maiores florestas urbanas do mundo. Para cada passeio, por pessoa, gasto médio de R$ 100 reais, incluindo alimentação e transporte.

Sempre bom aproveitar as oportunidades e o tempo livre para se aventurar em roteiros surpreendentes. No Parque da Pedra Branca ainda é possível ficar longe da violência e se entregar à tranquilidade da floresta, sem medo de ser feliz.

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