Nosso destino nos leva para uma cidade no interior fluminense que foi passagem de bandeirantes e tropeiros, que faziam o trajeto entre Minas Gerais e o litoral do Rio de Janeiro.
Por isso, a Biquinha, como esse ponto de encontro ficou conhecido, é o marco zero da história da cidade, destino de quem procura sossego e natureza. Prepare a mochila e embarque com a gente para Quatis, no Vale do Paraíba, no sul fluminense.
A cidade foi batizada assim por causa dos animais que levam o mesmo nome e são abundantes na região, bem pertinho da Serra da Mantiqueira.
Quatis tem muitas atrações ligadas à Mata Atlântica. São passeios por uma natureza exuberante. As cachoeiras prometem banhos relaxantes e energizantes.
De carro, do Rio até lá, são 2 horas e 15 minutos para percorrer os 145 quilômetros que separam os dois municípios. A viagem passa pela Rodovia Presidente Dutra, que tem cobrança de pedágio: R$ 4,90. Depois, na altura do quilômetro 290, é preciso acessar a RJ-159.
De ônibus, embarque na Rodoviária do Rio até Barra Mansa pela viação Cidade do Aço. O preço do bilhete varia entre R$ 51,16 e R$ 61,66. Ao desembarcar, é preciso trocar de ônibus. A viação Falcão faz o trajeto final. A passagem custa R$ 8,80.
Quatis foi fundada em novembro de 1992. É uma das mais jovens cidades do Vale do Paraíba. No entanto, a história vem de muito antes, do século 18, no período áureo da produção de café. Depois, os fazendeiros trocaram a agricultura pela pecuária.
As fazendas históricas são ótima opção de diversão. Esses espaços fomentam o turismo rural e potencializam o contato com as coisas do campo.
Não deixe de andar pelo centro e dar uma passadinha pela Estação Ferroviária, inaugurada em 1897. Pertinho dali fica a Fonte Antônio Jacinto Sampaio Filho, outra parada obrigatória, jorrando água com propriedades terapêuticas. Os antigos moradores dizem que, dependendo da hora do dia que se toma dessa água, há um gosto diferente.
As pontes e viadutos são referências históricas de Quatis, assim como o conjunto arquitetônico localizado no distrito de Ribeirão de São Joaquim. No local, há casarões em estilo colonial, que nos fazem voltar no tempo, a um Brasil do século XVIII.
É no distrito, inclusive, que fica o Quilombo Santana. No local moram dezenas de famílias, remanescentes de escravizados. Há uma igreja antiga, construída no final do século 18, onde está enterrado o Barão do Cajuru.
Outras atrações que você pode incluir no roteiro de um fim de semana são artesanato, com destaque para as peças de bordado e crochê; a Igreja Matriz, a única que mantém as características arquitetônicas da construção; e a feira da Roça, com a venda de verduras, legumes, queijos, linguiças, mel, biscoitos e plantas medicinais.
Para comer, não tem erro. A comida caseira feita no fogão à lenha, com receitas passadas de geração em geração, são opções deliciosas e tentadoras. Fica até difícil fazer as escolhas porque o cheirinho que vem dos restaurantes ativa a vontade de experimentar um pouco dos pratos de cada um.
Para ficar hospedado em Quatis há alguns hoteis-fazendas e pousadas. As diárias mais baratas para duas pessoas variam de R$ 183 a R$ 380 reais.
Um final de semana para duas pessoas tem gasto médio de R$ 800. E vale cada real investido. Quatis é sinônimo de uma viagem para uma pausa na correria da vida e desfrutar cada momento como se fosse um longo período de férias.