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Grupo se une para lutar por maior visibilidade da arte cristã

Peça da Cia Nissi, liderada por Caique Oliveira Foto: Reprodução

*Com informações do portal Pleno.News

Artistas cristãos fizeram um abaixo-assinado em prol da criação da Comissão Temática de Arte Cristã no Conselho Estadual de Políticas Culturais do Rio de Janeiro (CEPC/RJ ). O objetivo é lutar por uma maior visibilidade da arte cristã.

O grupo busca uma maior igualdade de acesso contra toda forma de visão preconceituosa e intolerante quanto às expressões de arte de matriz religiosa no Rio e no Brasil.

O grupo criou um abaixo-assinado

Entre as metas estão uma maior participação nos editais públicos, mais opções de cultura e de arte cristã nos equipamentos públicos e a valorização da cultura e da arte cristã no cenário cultural do estado do Rio.

– O cristianismo ofereceu, e ainda oferece, expressões de arte desde a fundação da cidade do Rio de Janeiro. Um dos exemplos mais visíveis e emblemáticos é a presença no mobiliário urbano de igrejas históricas das mais variadas confissões cristãs. O grupo usa como exemplo o Convento Franciscano no Largo da Carioca, a Catedral Presbiteriana Neogótica no Centro e o Santuário do Cristo Redentor no Corcovado. Em uma igreja cristã, a Igreja dos Frades Capuchinhos, localizam-se os restos mortais de Estácio de Sá, fundador da Cidade, e estão guardados os marcos históricos da cidade do Rio de Janeiro – defendem os artistas.

Caique Oliveira, líder da Cia de Artes Nissi, tem inovado no que diz respeito à forma de evangelizar pessoas. Ele é ator, diretor-geral do grupo e usa o teatro para retratar o amor e a Palavra de Deus. Ao longo de 20 anos, a Cia Nissi lançou mais de 15 peças, DVDs e longas-metragens. Caique está envolvido na iniciativa e falou sobre a luta da inclusão de cristãos.

– Durante anos, eu não falei sobre esse assunto, mas é muito importante. Existem editais do governo estadual, federal, das prefeituras, nos quais eles disponibilizam verbas para as pessoas produzirem seus filmes, suas peças de teatro. A gente já se inscreveu várias vezes. Eu conheço vários grupos bons que já se inscreveram. Só que a gente nunca passa. A gente nunca consegue a verba para produzir o que a gente precisa. A gente não recebe verba porque, quando chega na comissão julgadora, eles dizem: “não pode porque é crente”.

Caique Oliveira, da Cia Nissi Fotos: Reprodução/ Instagram

Caique abriu o caminho da arte nas igrejas e rompeu com o preconceito do evangelismo pelo teatro. Hoje ele inspira uma geração por meio da arte. Em sua fala, ele também pediu que as pessoas assinem o documento.

– Eu sou cidadão, pago imposto e estudei. Tenho DRT, que é o registro de ator. Então, a gente precisa se levantar. E eu preciso que vocês assinem essa petição. A gente está assinando para conseguir formar uma comissão no estado do Rio de Janeiro, para que a gente mostre que é artista, que a gente tem capacidade de fazer cultura, que a gente gera emprego e que a gente gera uma cultura linda. A gente não pode mais ser discriminado por isso [por ser cristão] – declarou Caique.

Ygor Siqueira, CEO da 360WayUp Foto: Divulgação

Ygor Siqueira, CEO da empresa 360 WayUp, é o responsável pela chegada de vários filmes cristãos ao Brasil. Entre os sucessos cinematográficos estão Você Acredita?Quarto de GuerraA Estrela de BelémPaulo, Apóstolo de CristoA Cabana; entre outros. Com experiência de quem atua no setor cultural e cinematográfico há mais de 10 anos, Ygor falou sobre a relevância do abaixo-assinado.

– Hoje, o cenário cristão é atuante. Você tem um meio fonográfico que já tem uma relevância muito forte, quando a gente fala de música, de arte, de teatro. A gente tem teatros como a Cia Nissi e outros, que têm a sua relevância no país. Tudo o que envolve arte cristã, conteúdo cristão, tem a sua relevância. Acredito que é de extrema importância a gente trazer a arte cristã com maior visibilidade. Minha área é o cinema cristão, que já entra dentro da visão mercadológica de streaming não só no Brasil, mas no mundo. A gente ter essa representatividade e, como outras religiões, poder ter esse acesso é de extrema relevância.

 

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