Na Síria, cultos foram cancelados e cristãos estão pensando em deixar o país, após uma nova onda de violência eclodir e deixar mais de mil mortos em quatro dias. No último domingo (09/03) diversas igrejas cancelaram cultos em meio ao clima de insegurança. Diante da escalada do conflito, muitos cristãos cogitam deixar o país que ocupa a 18ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025, que monitora a situação dos cristãos em países onde há perseguição religiosa. Nos últimos quatro dias, mais de mil pessoas, em sua maioria civis, foram mortas na região costeira. Até o momento, foram confirmadas as mortes de três cristãos.
Os três principais líderes das igrejas da Síria emitiram uma declaração conjunta condenando a violência e pedindo paz. A nota reforça a condenação dos massacres contra civis e o apelo pelo fim imediato dos atos de violência. Os combates tiveram início na última quinta-feira (06/03) em áreas de maioria alauíta, grupo étnico muçulmano ao qual pertencia o ex-presidente Bashar al-Assad. Apoiadores do antigo regime pegaram em armas e atacaram as forças de segurança do novo governo. Em resposta, Ahmed al-Sharaa, novo líder do país, enviou reforços para conter os confrontos.