Em Burkina Faso, extremistas islâmicos mataram ao menos 200 pessoas em um ataque a uma vila de maioria cristã. Segundo a Missão Portas Abertas, os terroristas atacaram a vila de Manni durante quatro dias seguidos. A série de ataques começou com o assassinato de 17 soldados da patrulha militar na região. No dia seguinte, os radicais retornaram à vila, com o objetivo de matar mais pessoas. Eles atacaram o mercado local e muitos moradores fugiram e se esconderam em lojas e casas, porém o grupo extremista incendiou os locais, matando as vítimas. No terceiro dia, certos de que sairiam impunes, os terroristas voltaram e atearam fogo em carros e atiraram em profissionais de saúde, que socorriam os feridos do dia anterior. Com o propósito de não deixar homens sobreviventes, os extremistas ainda retornaram no quarto dia para matá-los. A Portas Abertas explicou que matar homens é uma tática para deixar mulheres e crianças vulneráveis a sequestros, casamentos e recrutamentos forçados.
Nos últimos meses, Burkina Faso tem enfrentado uma onda de ataques islâmicos. No final de agosto, um grupo terrorista, ligado à Al Qaeda, matou cerca de 200 pessoas na cidade de Barsalogho. O ataque coordenado ocorreu enquanto militares e civis cavavam trincheiras para se protegerem de ataques extremistas.