O governo da Irlanda publicou um decreto que pune a participação em missas e cultos com multa e até a possibilidade de prisão por seis meses. As igrejas no país, formadas por ampla maioria católica, estão fechadas desde o dia 26 de dezembro de 2020. A medida foi tomada pelo ministro da Saúde, que assinou uma lei conhecida como instrumento estatutário e que na prática converte o culto público em crime. O caso deve ser analisado pelo Supremo Tribunal de Justiça Irlandês, que vai julgar se a medida é constitucional.

Um arcebispo católico definiu a iniciativa do Ministério da Saúde como “uma quebra de confiança” que instaura, na prática, uma “perseguição educada”. A Irlanda é formada por 90% de cristãos, sendo 84% de católicos, 2,8% de anglicanos e 1% de ortodoxos. Batistas, luteranos, metodistas, presbiterianos e pentecostais, juntos, somam 1,4% da população.