Depois de passar sete anos em cativeiro, um médico missionário tem contado ao mundo seu testemunho. Em 2016, o australiano Ken Elliott e sua esposa, Jocelyn, foram sequestrados por extremistas muçulmanos ligados à Al Qaeda em Burkina Faso. Elliott e sua esposa fundaram um hospital em Burkina Faso em 1972, onde se dedicaram a cuidar de pessoas cobrando pouco ou mesmo nada dos pacientes. A trajetória foi interrompida pelo sequestro. Ele tinha 82 anos quando foi sequestrado pelos extremistas. Sua esposa também foi sequestrada, mas foi libertada pouco tempo depois, enquanto Elliott enfrentaria sete longos anos no deserto do Saara.
No cativeiro, ele precisou enfrentar tempestades de areia, tédio, calor e frio extremo, além de uma pobre alimentação: suas refeições variavam entre macarrão, pão encharcado e arroz. A tenda onde era mantido refém ficava exposta ao calor durante o dia, e ao frio intenso durante a noite. Com apenas um cobertor, o médico missionário cavava na areia para se deitar de maneira mais confortável durante a noite, e numa dessas ocasiões, foi picado por um escorpião. A dor extrema precisava ser enfrentada sem remédios e levava dias para passar. Essa situação se repetiu 20 vezes.
Ao longo do tempo, os sequestradores tentaram converter Elliott ao Islamismo, porém o médico missionário se recusou a negar Jesus afirmando: “O Senhor tem sido bom para mim. Não há como eu desonrá-Lo me convertendo ao Islamismo. Ou mesmo fingindo se converter”. Um dia, em 2023, com 88 anos, ele foi libertado e voltou para sua família. O governo australiano sustenta que não pagou fiança aos extremistas, embora especialistas frisem que o histórico mostra que terroristas não libertam reféns sem pagamento ou negociação de libertação de prisioneiros islâmicos. Independente dos motivos que resultaram em sua libertação, Elliott e sua esposa creem que foi a mão de Deus que guardou e salvou o médico missionário: “Acreditamos que a única razão pela qual fomos libertados foi porque havia algumas centenas, senão milhares de pessoas orando por isso. E acreditamos na oração”, declararam.