Após denúncias do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Pernambuco (Sintepe), os encontros de alunos para orar e estudar a Bíblia durante o intervalo em escolas do Estado se tornaram alvo de investigação do Ministério Público. O Ministério Público abriu um Procedimento Administrativo para fiscalizar a prática dos chamados “intervalos bíblicos”. “Em algumas escolas, estudantes se reúnem para orar e ler a Bíblia durante o horário escolar, sem qualquer orientação de servidores”, alegou a vice-presidente do Sindicato que fez a denúncia. O Sindicato ainda argumentou que os espaços públicos das escolas não devem ser usados para eventos religiosos, a fim de garantir a laicidade nas instituições de ensino. A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco declarou na reunião que não orienta encontros cristãos no ambiente escolar, e quando o órgão é informado que “intervalos bíblicos” estão acontecendo em determinada escola, eles são proibidos de continuarem.
A denúncia e a ação do Ministério Público tem gerado várias críticas, entre elas a do deputado estadual pernambucano Renato Antunes (PL), que disse: “É muito preocupante. Entendemos que o Estado é laico no sentido de que ele não deve promover uma fé, mas ele não é laico para combater e perseguir uma fé”.