Recentemente, um relatório da ONU revelou que quase 900 medalhas foram perdidas por atletas mulheres em competições femininas para concorrentes trans. Chamado de “Violência Contra Mulheres e Meninas no Esporte”, o estudo aponta que mais de 600 atletas mulheres foram afetadas por essa situação, que ocorreu em disputas de 29 esportes diferentes ao longo de mais de 400 competições. Os dados foram coletados por uma consultora independente, que atua como relatora especial da ONU sobre violência contra mulheres e meninas. O documento, que está sob análise da Assembleia-Geral da ONU desde o início deste mês, não detalha os eventos esportivos específicos ou os períodos em que as medalhas foram conquistadas.
O relatório destaca que políticas de diversas federações internacionais e órgãos governamentais permitiram a participação de atletas nascidos do sexo masculino em categorias femininas. A consultora argumenta que essas competidoras trans possuem características físicas que as conferem vantagens em relação às mulheres, como maior força e níveis de testosterona mais elevados. Embora algumas federações exijam a supressão de testosterona para a qualificação em categorias femininas, a consultora afirma que essa intervenção não elimina as vantagens de desempenho já adquiridas por atletas geneticamente masculinos.