Neste domingo (19), o candidato de direita Javier Milei foi eleito presidente da Argentina com 56% dos votos, contra 44% do segundo colocado, Sergio Massa. O segundo turno das eleições presidenciais do país vizinho levou quase 36 milhões de eleitores às urnas. É o menor número registrado desde 2007.

Nascido no dia 22 de outubro de 1970, no bairro de Palermo, em Buenos Aires, Milei é economista e entrou na política em 2018 após ser destaque na imprensa argentina por seu discurso “liberal libertário”.

Entre as promessas de campanha, o presidente eleito da Argentina quer dolarizar a economia, reduzir as despesas estatais e privatizar empresas públicas. Na área de segurança pública, Milei quer tornar acessível o porte de armas aos cidadãos e militarizar as prisões.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu o resultado da eleição na Argentina, disse que a democracia saiu mais uma vez vitoriosa e que o resultado deve ser respeitado.

Na primeira entrevista como presidente eleito da Argentina, Javier Milei, o futuro mandatário prometeu  que vai controlar a inflação do país em até 24 meses. Hoje, os argentinos convivem com uma taxa de 140% ao ano.

Milei voltou a reforçar que pretende fechar o Banco Central e dolarizar a economia. O candidato da direita afirmou, no entanto, que em um primeiro momento vai manter a taxação do câmbio e que não haverá limitação ao estoque de dólar dos bancos do país, uma medida imposta pelo atual governo. Para implementar as medidas, o presidente eleito vai ter de convencer o congresso, hoje, na sua maioria, formado por peronistas, que são da oposição.