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China admite que vacinas produzidas no país contra coronavírus não têm alta proteção

China admite que vacinas produzidas no país contra coronavírus não têm alta proteção. Foto: reprodução

O diretor dos Centros de Controle de Doenças da China afirmou neste fim de semana que o governo chinês avalia a possibilidade de misturar vacinas produzidas pelo país contra a covid-19 para torná-las mais efetivas no controle da pandemia. Atualmente, o índice de eficiência dos medicamentos é, em média, de 50,4% (índice bem próximo de 50%, mínimo considerado para que uma vacina tenha utilidade).

Gao Fu deu declaração em uma conferência na cidade de Chengdu. É uma rara admissão de que as vacinas chinesas “não têm taxas de proteção muito altas”.

Os especialistas no assunto afirmam que a mistura de vacinas pode aumentar a eficácia. É o que pesquisadores britânicos vêm fazendo ao combinar doses da Pfizer-BioNTech (que tem 97% de eficácia) e que usa mRNA (ou RNA mensageiro), com a vacina Oxford/AstraZeneca, de tecnologia mais tradicional.

Na fala, o diretor chinês não deu detalhes de como o governo do seu país pretende conduzir a questão, mas deixou claro que os cientistas devem levar em consideração o uso da tecnologia de mRNA, por causa dos benefícios atestados até agora na humanidade.

As vacinas produzidas pela China foram exportadas para 22 países, incluindo o Brasil, que fabrica a Coronavac em parceria com o Instituto Butantan de São Paulo.

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