Guiseppe Paterno se tornou a pessoa mais velha do país a se formar ao concluir o curso de História e Filosofia na Universidade de Palermo, na Itália, como primeiro aluno de sua turma. “O conhecimento é como uma mala que eu carrego comigo, é um tesouro”, disse.

Giuseppe comemorou sua formatura no dia 29 de julho. Aos 96 anos, ele enfrentou muitos testes na vida – pobreza infantil, guerra e, mais recentemente, a pandemia de coronavírus.

O ex-ferroviário, casado e com dois filhos, deu um passo à frente para receber seu diploma e a tradicional coroa de louros concedida aos estudantes italianos quando eles se formam, aplaudido por sua família, professores e colegas, mais de 70 anos mais jovens do que ele. “Eu sou uma pessoa normal, como muitas outras”, disse, quando perguntado como era se formar tão tarde.

“Em termos de idade, superei todos os outros, mas não foi por isso que quis fazer. Entendi que era um pouco tarde para obter um diploma de três anos, mas disse para mim mesmo ‘vamos ver se consigo”.

Como estudante, ele escreveu seus trabalhos na máquina de escrever manual que sua mãe lhe deu em 1984. Ele evitou o Google em favor de livros impressos e não ficou tentado pelas festas dos estudantes em seus 20 anos de idade.

Paterno confessou um pouco de desconforto com as videochamadas que substituíram o ensino em sala de aula durante o confinamento pelo coronavírus. Quanto ao que planeja fazer a seguir, ele disse que não vai parar agora que se formou.

“Meu projeto para o futuro é me dedicar à escrita; quero revisitar todos os textos que não tive chance de explorar mais. Esse é meu objetivo”.