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Israel e Hamas fecham acordo de cessar-fogo e liberação de reféns

Guerra: explosão mata 21 soldados israelenses na Faixa de Gaza. Foto: reprodução

Depois de 467 dias de guerra na Faixa de Gaza e quase 48 mil mortos, Israel e o grupo terrorista Hamas chegaram a um acordo para um cessar-fogo no conflito, gerando imagens de milhares de palestinos e israelenses comemorando em ambos os lados da fronteira nesta quarta-feira. O pacto, negociado com a participação dos Estados Unidos, Catar e Egito, que entrou pela madrugada dos últimos dias, prevê a troca de reféns e prisioneiros em diferentes etapas, assim como a desocupação gradual da Faixa de Gaza por parte das tropas israelenses.

O cessar-fogo é a segunda trégua assinada entre as duas partes desde o início da guerra em Gaza que começou no dia 7 de outubro de 2023, criou novos conflitos no Oriente Médio e fortaleceu as tensões na região. O acordo de cessar-fogo prevê uma série de medidas que serão aplicadas em três fases. A última fase levaria ao final da guerra, mas não há garantias, no entanto, de que isso acontecerá de fato. O acordo prevê interrupção dos combates em Gaza por 42 dias e que dezenas de reféns israelenses e centenas de prisioneiros palestinos serão libertados. O novo acordo vai entrar em vigor no domingo (19).

Israel não se compromete a acabar com a guerra no acordo, mas se comprometeu a se envolver em negociações para entrar na próxima fase do acordo — o que levaria à retirada total das tropas israelenses. O grupo terrorista Hamas e seus aliados detêm 94 pessoas tiradas de Israel em outubro. Pelo menos 34 delas estão mortas, de acordo com o governo israelense, embora o número real deva ser maior.

Dos 94 reféns, 81 são homens e 13 são mulheres, de acordo com o gabinete do primeiro-ministro israelense. Duas são crianças menores de cinco anos. Quanto às nacionalidades, 84 são israelenses, oito são tailandeses, um é nepalês e um é tanzaniano.

Israel mantém pelo menos 10 mil prisioneiros palestinos, de acordo com a Comissão de Assuntos de Detentos e a Sociedade de Prisioneiros Palestinos — embora esse número não inclua um número desconhecido de palestinos capturados na Faixa de Gaza.

O cessar-fogo foi anunciado em Doha pelo primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman. Ele pediu para que todas as partes cumpram o que foi acordado. O primeiro-ministro do Catar também pediu por calma em Gaza até domingo, quando o cessar-fogo começará.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, publicou um comunicado comemorando o acordo cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Biden afirmou que as negociações envolvem uma proposta apresentada por ele em maio de 2024, que foi aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU. Ao mesmo tempo, o grupo terrorista Hamas disse que o acordo é um grande ganho. Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a prioridade agora será “aliviar o sofrimento tremendo causado pelo conflito”.

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