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Mundo em Guerra: Rússia invade a Ucrânia

A maioria das vítimas foi morta por armas explosivas. Foto: reprodução/Governo da Ucrânia

*Atualizado às 10h45

O presidente da Rússia, Vladimir Putin autorizou que tropas do país invadam a Ucrânia. A ofensiva militar começou na madrugada desta quinta-feira (24). As tropas russas ultrapassaram as fronteiras no leste do país. São as regiões ucranianas que nesta quarta-feira (23) ele declarou como independentes. Mas, a imprensa internacional relata que ataques também atingem a capital Kiev, onde estações de trens estão lotadas e há uma corrida sem precedentes aos supermercados.

Imagens das agências internacionais mostram explosões e movimentações de tanques em diferentes cidades ucranianas, como Kiev e Kharkiv. Putin disse às forças ucranianas que entreguem as armas e voltem para casa. No discurso, o mandatário russo afirmou que os objetivos vão ser alcançados.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu calma a população e decretou lei marcial, quando as leis civis deixam de valer e as regras militares passam a vigorar. Mesmo assim, milhares de pessoas, desesperadas, tentam sair pelas fronteiras e isso causa um grande congestionamento. O aeroporto da Ucrânia foi esvaziado. Os voos estão suspensos.

O ministro de relações exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou em postagem no Twitter que até cidades pacíficas estão sob ataque. O governo da Ucrânia divulgou agora pouco que pelo menos 50 soldados russos foram mortos e que 5 caças foram derrubados. A Rússia nega essa baixa.

A ONU pediu que Putin recue. O presidente norte-americano, Joe Biden, declarou que o líder russo escolheu um lado que “terá perdas catastróficas”. Nas próximas horas, é esperado que dezenas de países endureçam as sanções impostas à Rússia, com o objetivo de sufocar a economia do país. As bolsas europeias reagem a essa incursão contra a Ucrânia e as negociações desabaram. O petróleo, pela primeira vez em sete anos, passou da barreira dos 100 dólares.

A embaixada do Brasil na Ucrânia pediu que os brasileiros que moram em Kiev fiquem em casa, exceto se houver acionamento das sirenes. Neste caso, é preciso buscar locais seguros e nessa lista não consta a própria embaixada.

A Rússia realizou uma segunda onda de ataque a mísseis contra a Ucrânia. A informação foi confirmada pelo assessor do presidente Volodymyr Zelensky. O aeroporto da Ucrânia, em Mariupol, está em chamas. Testemunhas dizem que há uma fumaça preta saindo do prédio do serviço de inteligência do Ministério da Defesa ucraniano. De acordo com as autoridades locais, pelo menos 18 pessoas morreram na cidade de Odessa. Outras 6 morreram em Brovary, perto de Kiev.

O governo russo afirmou que dois navios de carga foram atingidos por mísseis ucranianos no Mar de Azov. Segundo uma agência de notícias local, há mortos nesse ataque.

O governo da Ucrânia anunciou que helicópteros russos atacaram o aeroporto militar de Gostomel, que fica perto da capital Kiev. O Ministério do Interior afirmou que derrubou três aeronaves russas. O governo teme que ocorra uma invasão aos prédios públicos situados em Kiev.

Os países vizinhos da Ucrânia se preparam para receber refugiados. O ministro da Saúde da Polônia afirmou que os hospitais do país disponibilizaram leitos para atender aos feridos. A Romênia afirmou que há relatos nas redes sociais descrevendo a chegada de ucranianos. A Eslováquia enviou 1.500 soldados para a região de fronteira para receber famílias que fogem da guerra.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) publicou um comunicado se dizendo a favor da Ucrânia e que vai mobilizar equipamentos bélicos para defender os aliados. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que os líderes russos devem assumir total responsabilidade pelas consequências das ações e que o país vai vagar um preço econômico e político muito alto pela invasão ao país vizinho.

O espaço aéreo da Ucrânia foi fechado. Em um site especializado em monitorar aviões que estão em viagem pelo mundo, é possível ver que neste momento não há nenhuma aeronave comercial sobre o país europeu. Imagens de agências internacionais mostram o aeroporto de Mariupol, em chamas, após ataques com mísseis.

A Rússia ataca o país vizinho por terra, água e ar, em mais de 203 investidas. Kie e Kharkiv, as duas maiores cidades ucranianas são alvos dos bombardeios. No Leste do país, na cidade de Donetsk, jornalistas que cobrem o conflito foram alvos de tiros. O governo ucraniano confirmou que a invasão russa é completa e está oferecendo armas para os civis que desejam defender o país.

Qual o motivo de tanto interesse da Rússia pela Ucrânia: há quem diga que se seja uma obsessão pessoal do presidente russo Vladimir Putin. Os especialistas defendem que também há o interesse de se recriar uma espécie de guerra fria, impedindo a Ucrânia de se filiar a Otan; o país está em uma área estratégica, que os russos consideram uma grande barreira para se protegerem de uma invasão de outros países. E tem ainda uma terceira corrente de pensamento que sustenta que as ligações históricas, religiosas e culturais dos Ucranianos incomodam muito.

Os russos dizem que mataram 58 pessoas. A Ucrânia afirma que abateu 50 invasores russos. Os Estados Unidos mobilizaram 8.500 soldados para a região do Mar negro e deslocaram vários navios de guerra. O presidente russo Vladimir Putin declarou que qualquer nação que intervir no conflito vai ser severamente atacada. A Otan, juntamente com outros países do ocidente, condenou o ataque. As nações devem anunciar sanções mais severas contra a Rússia na próxima hora.

Brasileiros que estão na Ucrânia relatam medo. Um grupo com 20 jogadores está preso em um hotel. Eles fizeram um vídeo pedindo ajuda do governo brasileiro.

Agora pouco, o vice-presidente Hamilton Mourão, afirmou que o Brasil não concorda com a invasão da Rússia à Ucrânia. Segundo Mourão “o Brasil não esta neutro. O brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano.”

Confira o vídeo dos jogares brasileiros na Ucrânia, pedindo ajuda à embaixada brasileira.

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