Onze pessoas morreram e outras 44 ficaram feridas durante as manifestações que tomaram ruas de diversas cidades da Venezuela, de acordo com ONGs que atuam no país. Dentre os mortos, dois são menores de idade.
Os manifestantes protestam contra o resultado que indicou vitória do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, após uma eleição tensa no fim de semana. A oposição e a comunidade internacional pedem a divulgação das contagens completas dos votos, em um processo que Maduro chamou de “tentativa de desestabilização” do país.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, disse que pelo menos 749 pessoas foram detidas em protestos no país contra Maduro. Manifestações foram dispersadas pelas forças de segurança.
Enquanto isso, os governos dos Estados Unidos e de outros países questionam os resultados oficiais que mostraram a vitória de Maduro sobre o candidato da oposição, Edmundo González. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou pela primeira vez nesta terça-feira (30) sobre o impasse na eleição presidencial na Venezuela. Lula disse que, para “resolver a briga”, é preciso que as autoridades locais apresentem as atas de votação. O presidente afirmou ainda que não vê nada “anormal”, “grave” ou “assustador” no processo eleitoral venezuelano.