O Brasil foi um dos países escolhidos para testar a eficácia da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, contra a Covid-19. A aprovação do procedimento por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi publicada na última terça-feira (2) no Diário Oficial.
Considerado um dos mais promissores, o imunizante já está na fase três de testes, em que 10 mil pessoas serão testadas para se avaliar a eficácia do produto. Das mais de 70 vacinas em desenvolvimento em todo o mundo, essa é a que se encontra em estágio mais avançado.
Os procedimentos terão apoio do Ministério da Saúde e da Anvisa, e começam ainda neste mês. Serão 2 mil voluntários ao todo, no Rio de Janeiro e em São Paulo. O Brasil fará parte do plano global de desenvolvimento da vacina e é o primeiro país, fora o Reino Unido, a ter acesso ao antídoto.
A vinda do estudo para o Brasil foi viabilizada pela pesquisadora brasileira Sue Ann Costa Clemens, diretora do Instituto para a Saúde Global da Universidade de Siena e pesquisadora especialista em doenças infecciosas e prevenção por vacinas, investigadora do estudo.
Os testes em São Paulo, serão conduzidos pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e contaram com a viabilização financeira da Fundação Lemann no custeio de toda a infraestrutura médica e de equipamentos necessários.
Segundo Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann, organização viabilizadora dos recursos necessários à realização do estudo de eficácia da vacina em São Paulo, “inserir o Brasil no panorama de vacinas contra a covid-19 é um marco importante para nós, brasileiros, e acredito que poderemos acelerar soluções que tragam bons resultados e rápidos. Para a Fundação Lemann esta é mais uma importante oportunidade de contribuir em iniciativas de grande impacto para o nosso país e sua gente.”