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Escola no Rio envia carta aos pais com alerta sobre a série Round 6

Rio de Janeiro – A direção da Escola Aladdin, no Pechincha, Zona Oeste do Rio de Janeiro, enviou aos pais e responsáveis uma carta sobre preocupações a respeito da série sul-coreana Round 6, da Netflix. O conteúdo viralizou em grupos de WhatsApp na última quarta-feira (6).

No documento, os profissionais demonstram preocupação com o fato de alunos do Ensino Fundamental assistirem à produção, alguns inclusive com os pais. A carta cita que a série, com nove episódios, contém “violência explícita, tortura psicológica, suicídio, tráfico de órgãos, cenas de sexo, pederastia e palavras de baixo calão”. A direção do colégio particular soube da série por meio de crianças de 7 e 8 anos, que têm comentado sobre o assunto nos horários livres e feito brincadeiras que, na série, relacionam-se com o assassinato de personagens.

Sucesso mundial e série mais vista da Netflix, “Round 6” apresenta a história de pessoas que se envolvem num jogo mortal em busca de uma fortuna calculada em US$ 39 bilhões. Ao longo de nove episódios, os personagens se enfrentam em batalhas sangrentas que reproduzem brincadeiras infantis, como “cabo de guerra” e disputas com bolinhas de gude.

O questionamento da escola sobre a série mobilizou especialistas em saúde, como a presidente da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro, Katia Telles Nogueira que afirma que é necessário uma espécie de controle por parte dos pais. Ela adverte que a alusão a brincadeiras, na ficção, provoca uma sedução entre o público infantil. E isso pode causar danos psicológicos. Para a pediatra, o material não deveria ser visto por crianças na faixa dos 7 e 8 anos, pela inadequação do conteúdo, que tem classificação indicativa de 16 anos.

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