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Lagoa Azul em Tanguá, tem atraído visitantes, mas esconde um perigo

Lagoa Azul, em Tanguá, tem riscos de deslizamentos de pedras. Foto: Reprodução

Tanguá – A “Lagoa Azul” localizada em Tanguá, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro tem chamado a atenção de moradores e turistas, mas cuidado, a água azul turquesa do local esconde um perigo. No local onde é encontrado esse paraíso antes funcionava uma mineradora.

A empresa Sartou atuou no lugar por mais de 30 anos extraindo minerais como a Fluorita e o Sienito, e em 2015 encerrou seus trabalhos. O que restou foi uma enorme cratera, que com o tempo foi enchendo de água da chuva e se transformando na lagoa que é hoje.

O espaço está interditado há anos porque a água tem restos de produtos químicos e pode causar riscos para a saúde dos banhistas desavisados. Essa água em contato com elementos químicos, como alumínio, manganês e flúor deixou o tom azul ou esverdeado.

Segundo pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que estudaram amostras da água, foram encontradas propriedades químicas na água da lagoa, que a torna imprópria para o consumo e também para o banho. Há uma alta concentração de Flúor na água, o que pode causar uma doença chamada Fluorose, acarretada pelo consumo excessivo do elemento químico.

A lagoa fica localizada dentro de uma área particular e a Defesa Civil da cidade garante que já deixou avisado a população sobre os perigos do lugar. Ainda segundo a Defesa Civil, há risco de deslizamento de pedras no espaço. A secretaria de Meio Ambiente de Tanguá disse que abriu um diálogo com os donos do terreno para regularizar a visitação.

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