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Morte do Pastor Anderson do Carmo: investigação contestada pela família

Laudo do IML mostra que 30 tiros atingiram Anderson do Carmo. Foto: reprodução/polícia civil

Niterói – A investigação sobre a morte do pastor Anderson do Carmo, de 42 anos, continua. A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, responsável pelo caso, trabalha com a possibilidade do crime ter sido cometido por filhos dele com a pastora e deputada federal Flordelis, por conta de uma suposta traição do pai. A polícia descartou motivação política e latrocínio, roubo seguido de morte. Dois filhos do casal estão presos, após o cumprimento de mandados anteriores ao crime. Flávio Rodrigues, de 38 anos, foi preso logo depois do enterro, ainda no cemitério. Contra ele havia um mandado por conta da Lei Maria da Penha. A mulher que fez a denúncia ficou de retirar a queixa nesta terça-feira (18).

O outro preso é Lucas dos Santos, de 18 anos, que, quando menor, esteve envolvido com o tráfico de drogas e tinha um mandado de apreensão em aberto. Os dois prestaram depoimento durante toda a tarde desta segunda-feira (17). Lucas foi levado para uma unidade do Degase, onde deve cumprir pena de 3 meses. Flávio passou a noite na Delegacia de Homicídios. A polícia sabe que duas pistolas foram usadas no assassinato. Hoje deve sair o laudo toxicológico feito nos cachorros da família. Se o exame der positivo para alguma substância que tenha dopado os animais, aumenta a suspeita de que o crime foi premeditado.

O laudo do IML aponta 30 perfurações no corpo da vítima. Como são muitas, os peritos não conseguiram definir se foram feitos pelas costas ou frente. A maior parte nas regiões do tórax e genitália. Ao menos 8 disparos foram feitos à queima roupa (curta distância).

Na noite desta segunda-feira, em entrevista exclusiva ao Portal Pleno News, a deputada federal e esposa do Pr. Anderson do Carmo, Flordelis, declarou que a linha de investigação da polícia é absurda e defendeu os filhos presos, dizendo que eles foram detidos por situações anteriores à morte do pai e que não há provas contra eles em relação ao crime. Flordelis garantiu que o esposo não tinha caso extraconjugal, porque estava sempre com ela ou com os filhos, era um homem ocupado com a família e a igreja. A deputada, ainda muito abalada, cobrou da polícia a solução do caso, e que a verdade “seja dita e encontrada”. Ela condenou o sensacionalismo em torno do caso e contestou o laudo do IML. Segundo a parlamentar, o marido teria sido atingido por 12 tiros. (leia a entrevista completa de Flordelis ao Pleno News)

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