Rio de Janeiro – O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu o arquivamento das acusações contra o estudante Igor Melo de Carvalho e o motociclista Thiago Marques Gonçalves. Os dois foram presos em flagrante por suspeita de terem roubado um celular de uma mulher na Zona Norte. Segundo o MPRJ, os dois não cometeram o crime.
Igor foi baleado e perdeu um rim por conta do disparo. Ele recebeu alta do Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, no dia 2 de março. A solicitação foi feita na quinta-feira (06) pela promotora Roberta Laplace, que atua na promotoria de Justiça junto a 29ª Vara Criminal da Capital. Agora, a Justiça vai decidir se arquiva ou não o processo contra os dois.
A promotora afirma que Thiago e Igor “não foram os autores” do roubo de celular narrado por Josilene da Silva Souza. Ela apontou Igor como autor do crime para o namorado, o PM reformado Carlos Alberto de Jesus, que atirou contra o universitário e garçom.
Segundo o MP, Igor e Thiago estavam “comprovadamente trabalhando” no horário estimado por Josilene como o momento do roubo, no dia 23 de fevereiro. No dia 25, a Justiça mandou soltar os dois. A promotora ainda citou os três empregos de Igor, e que ele saía de um bar na Penha, onde ele trabalha, no dia em que foi confundido como um criminoso “de forma equivocada” por Josilene, de acordo com o documento.
O MP ainda solicitou que a moto de Thiago, apreendida no dia da prisão dele, 23 de fevereiro, seja restituída ao motociclista. A promotoria também solicitou que o Ministério Público apure a conduta do policial militar reformado que confessou ter disparado contra Igor.