Nova Iguaçu – Denunciado no caso dos órgãos contaminados com HIV no Rio de Janeiro, o médico Walter Vieira, de 61 anos, sócio do laboratório investigado no crime, voltará a trabalhar para a prefeitura de Nova Iguaçu. Walter retornará ao cargo de médico ginecologista e obstetra na Secretaria Municipal de Saúde.

A decisão foi publicada no Diário Oficial do município na segunda-feira (06). O cargo não tem relação com o crime pelo qual ele é investigado.

O médico é um dos sócios do laboratório PCS LAB Saleme, responsável pelos exames que deram “falso negativo” para HIV. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) junto a outro sócio e quatro funcionários da unidade pelos transplantes, que infectaram pelo menos seis pessoas.

Na publicação de segunda-feira, a Prefeitura informou que acolheu o requerimento apresentado por Walter e deferiu “o seu retorno ao exercício do cargo de médico ginecologista e obstetra na Secretaria Municipal de Saúde”. Em novembro, último salário registrado, Walter recebeu como servidor municipal o salário de R$ 7.278,44.

Em nota, a prefeitura de Nova Iguaçu informou que “conforme determina a lei, o servidor em questão, que é concursado, pode solicitar seu retorno, uma vez que não houve julgamento e/ou condenação do caso. Walter Viera irá entrar de férias e após seu retorno, exercerá função de médico ginecologista, que é o cargo no qual foi aprovado em concurso”.