Rio de Janeiro – A Polícia Civil informou, nesta segunda-feira (13), que retirou a foto de Jeferson Pereira da Silva, de 29 anos, que ficou seis dias preso, acusado de um roubo ocorrido em 2019, do álbum de suspeitos da delegacia. O motorista de aplicativo foi reconhecido em uma foto 3×4 de quando tinha 14 anos.

O habeas corpus foi aceito no Plantão Judiciário, mas ele só deixou a cadeia nesta segunda-feira (13), por conta de um erro de digitação no alvará de soltura. O jovem, que também trabalha como montador de móveis, não tem nenhuma passagem pela polícia.

O motorista foi acusado de ser o autor de um roubo cometido no dia 4 de fevereiro de 2019. A ocorrência só foi registrada 21 dias depois do crime. Segundo a vítima, ela teve o celular roubado, assim como R$ 5 e a identidade. O jovem já tinha conhecimento sobre a acusação, já que em 2020 foi à delegacia após saber da acusação através de um policial do Méier Presente.

Jeferson disse que foi alertado por um agente da Polícia Civil a procurar um fórum e saber se havia algum processo contra ele, mas não havia. Preso na última quarta-feira (8), ele recebeu uma mensagem de alguém se passando por uma empresa onde trabalhou, alegando uma pendência em seu pagamento. Mas, ao chegar ao local combinado, foi detido por três policiais, que informaram que havia um mandado de prisão contra ele.

A luta, agora, é para limpar seu nome. “Eu queria deixar bem claro que eu ainda não sou inocente, isso aqui é apenas um alvará de soltura. Todo mês eu vou ter que vir aqui nesse inferno pra assinar, eu não estou livre disso ainda”, disse Jeferson.

Jeferson Pereira da Silva é mais um caso de prisão por engano baseada apenas em reconhecimento fotográfico.