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Polícia vai ouvir testemunhas sobre morte de jovem na porta de UPA em Duque de Caxias

Robson morreu na porta de UPA em Duque de Caxias. Foto: Reprodução

Duque de Caxias – A Polícia Civil e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) investigarão o caso do adolescente Robson Albuquerque Pantaleão de Melo, de 16 anos, que morreu na porta de uma UPA, no Centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Álvaro Quintão, disse que está apurando o que ocorreu na UPA de Caxias. Caso sejam constatadas irregularidades, a OAB pode buscar o Ministério Público para responsabilizar pessoas pela morte do Robson.

A Polícia Civil informou que vai ouvir funcionários da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). Os pais do menino dizem que a unidade negou atendimento por ser uma UPA pediátrica, que assiste apenas crianças e adolescentes até 15 anos. A Secretaria de Saúde nega as acusações e afirmou que o garoto já estava morto quando os médicos foram atendê-lo.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela família, Robson foi levado para a UPA Pediátrica Walter Garcia Borges com dificuldade para respirar, mas ao chegar lá, a mãe foi informada por funcionários que a unidade não poderia atendê-lo.

Segundo os familiares, o adolescente sofria de asma desde criança. O atestado de óbito do menino indica morte por insuficiência respiratória e broncoespasmos. A família registrou a ocorrência na polícia como omissão de socorro. O corpo de Robson foi enterrado na manhã desta quarta-feira (21), no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, na Zona Oeste.

A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil, através da direção da UPA Infantil Walter Garcia, informou que Robson de Albuquerque, 16 anos, chegou a unidade de saúde trazido por meios próprios, nesta segunda-feira (19), por volta das 13 horas. A direção disse ainda que a mãe entrou na unidade de saúde sozinha, solicitando uma maca. Enquanto o supervisor do dia foi buscar a maca, o enfermeiro do acolhimento, juntamente com dois médicos, foram até o veículo e constataram que o menor já não apresentava reação. Mesmo assim, o adolescente foi encaminhado para o interior da unidade, onde a equipe da emergência usou de “todos os recursos disponíveis sem sucesso, confirmando o óbito do mesmo”.

Segundo informações de familiares, o menor estava em crise asmática quando começou a passar mal, sendo amparado por um brigadista. Este seguiu no veículo com a família, fazendo massagem cardíaca no menor, até chegar a UPA Infantil Walter Garcia, como constatam os médicos que prestaram socorro na unidade.

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