Rio de Janeiro – A mulher que foi gravada agredindo verbalmente o superintendente de Inovação, Pesquisa e Educação em Vigilância Sanitária, Fiscalização e Controle de Zoonoses da prefeitura, Flávio Graça, durante a fiscalização que verificava casos de aglomeração nos bares e restaurantes na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, no último final de semana, foi demitida.
Nívea del Maestro é engenheira química, com especialização em administração de empresas, e tem 39 anos. Em nota, a empresa de transmissão de energia Taesa, onde ela trabalhava, afirmou que “compartilha a indignação da sociedade em relação a este lamentável episódio, sobretudo em um momento no qual o número de casos da doença segue em alta no Brasil e no mundo”.
Durante a fiscalização, por volta das 21h de sábado (4), um casal foi filmado atacando Flávio Graça, que é médico-veterinário e conduzia a operação. O agente que conversava com o casal ouviu várias provocações e intimidações.
“Não vai falar com seu chefe, não?”, perguntou o homem.
“A gente paga você, filho. O seu salário sai do meu bolso”, disparou a mulher.
“Cadê sua trena? Quero saber como você mediu sem trena”, provocou o homem.
O fiscal respondeu: “Tá, cidadão”. E ouviu da mulher: “Cidadão, não. Engenheiro civil, formado. Melhor do que você”.
Uma rápida busca no Portal da Transparência da Controladoria-Geral da União mostra que Leonardo de Barros, de 43 anos, o engenheiro civil que aparece junto com a mulher agredindo verbalmente o funcionário da Vigilância Sanitária após realizar fiscalização na cidade do Rio é cadastrado no programa de auxílio emergencial do governo. Ele deu entrada no auxílio em maio e já recebeu a primeira parcela do benefício de R$ 600 e o nome dele consta no Cadastro Único do governo.
O episódio gerou bastante repercussão, principalmente nas redes sociais. Com a repercussão negativa do caso, ambos excluíram perfis que mantinha nas redes sociais.