Um grupo de advogados contestou a decisão da Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco (OAB-PE) de disponibilizar placas nos banheiros da sua sede para atender ao público transgênero. Eles alegaram que a medida representa um “risco sanitário” já que, ao urinar em pé, homens espalham mais gotículas de urina. As sinalizações nos 10 banheiros do prédio da OAB-PE foram fixadas no final do mês passado e autorizam o uso dos equipamentos de acordo com o gênero pelo qual a pessoa se identifica: “A OAB respeita a diversidade. Sinta-se à vontade para utilizar este banheiro de acordo com a sua identidade de gênero”.

No requerimento para a retirada das placas, os advogados contrários à medida citam que a questão também envolve as pessoas cisgênero, ou seja, indivíduos que se identificam com o sexo biológico com o qual nasceram. Neste sentido, solicitam que seja realizada uma audiência pública para debater o assunto amplamente e, “em respeito ao sexo feminino” pedem que o uso do banheiro feminino seja resguardado apenas às mulheres e que a OAB-PE disponibilize um “banheiro exclusivo para a diversidade”.