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EUA fazem 1º lançamento aéreo de ajuda humanitária a Gaza após mortes em fila por comida

Na quinta-feira (29), mais de 100 civis morreram durante distribuição de comida. Foto: Reprodução/Vídeo g1

Os Estados Unidos realizaram neste sábado (02) o primeiro lançamento aéreo de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, na guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas. Mais de 38 mil refeições em 66 pacotes foram lançadas na região por meio de três aviões C-130, um dia após mais de 100 civis morrerem em fila por comida na região. Não há detalhes sobre o local de Gaza em que os lançamentos foram feitos.

Os Estados Unidos afirmaram que os lançamentos serão um esforço contínuo e têm apoio de Israel. O governo americano também planeja fazer envios a Gaza pelo mar. O envio de ajuda humanitária pelos Estados Unidos foi anunciado na sexta-feira (1º) pelo presidente Joe Biden. “Pessoas inocentes foram pegas em uma guerra terrível, incapazes de alimentar suas famílias, e você viu a resposta quando tentaram obter ajuda. Precisamos fazer mais”, afirmou.

A ajuda humanitária que chega em Gaza tem acontecido por via aérea nos últimos dias, por conta da dificuldade de entrega de suprimentos pela via terrestre. França, Egito e Jordânia estão entre os outros países que já realizaram lançamentos aéreos de ajuda humanitária para a região.

Segundo o Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da Organização das Nações Unidas (ONU), ao menos 576 mil pessoas, um quarto da população de Gaza, estão a um passo da fome extrema. O órgão afirma ainda que uma a cada seis crianças com menos de dois anos na região sofrem de desnutrição e emaciação (magreza extrema).

Com pessoas comendo ração animal e até mesmo cactos para sobreviver, e com médicos dizendo que crianças estão morrendo nos hospitais de desnutrição e desidratação, a ONU disse enfrentar “obstáculos avassaladores” para fornecer ajuda. Antes da guerra, o abastecimento diário em Gaza era feito com cerca de 500 caminhões. A Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) disse que em fevereiro, a média caiu para 97 caminhões por dia.

Na última quinta-feira (29), mais de 100 civis morreram durante distribuição de comida.

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