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Navio com ajuda humanitária chega à Faixa de Gaza

Navio da ONG 'Open Arms' transporta ajuda humanitária para Gaza. Foto: Reprodução/IDF (Forças de Defesa de Israel)

O primeiro navio de ajuda humanitária chegou nesta sexta-feira (15) na costa da Faixa de Gaza e começou a descarregar 200 toneladas de alimentos, aguardados por centenas de milhares de civis ameaçados pela fome depois de mais de cinco meses de guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Um navio da ONG espanhola ‘Open Arms’ zarpou na terça-feira do porto cipriota de Larnaca rebocando uma embarcação de outra ONG, a World Central Kitchen (WCK), do chef espanhol José Andrés.

Eles chegaram nesta sexta ao território palestino após dias de travessia por um corredor marítimo aberto por iniciativa da União Europeia com apoio de outros países. Também nesta sexta, continuavam as negociações de um cessar das hostilidades.

O Hamas, que até agora exigia um cessar-fogo definitivo com Israel, propôs uma trégua de seis semanas e uma troca de 20 a 50 prisioneiros palestinos por cada um dos 42 reféns israelenses, segundo uma fonte desse movimento islamista que governa Gaza. O Hamas acusou o Exército israelense de atirar a partir de “tanques e helicópteros” contra pessoas que aguardavam a distribuição de farinha numa pequena praça na Cidade de Gaza.

Os disparos deixaram pelo menos 20 mortos e 155 feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O Exército israelense afirmou que “palestinos armados” abriram fogo contra a multidão.

Diante da ameaça da fome, vários países tentam entregar ajuda humanitária por terra, mar e ar ao território, onde os combates prosseguem depois do fracasso de uma tentativa de trégua antes do período do Ramadã. Israel enviará uma delegação ao Catar para negociar a possível troca de presos palestinos por reféns, anunciou o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, depois que o Hamas propôs a trégua de seis semanas em Gaza.

Se houver uma nova trégua, o Hamas exige também a “retirada do exército de todas as cidades e áreas habitadas”, o “retorno dos deslocados sem restrições” e a entrada de ao menos 500 caminhões de ajuda humanitária por dia.

Mais de 100 km a nordeste, milhares de integrantes das forças de segurança foram mobilizados em Jerusalém para a primeira grande oração na Esplanada das Mesquitas desde o início do Ramadã, em 11 de março, devido ao temor de tumultos. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 31 mil pessoas morreram, a maioria civis.

Os islamistas sequestraram mais de 250 pessoas e 130 continuam detidas em Gaza, das quais 32 teriam sido mortas, segundo Israel.

 

 

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