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Pele de tilápia é usada em hospital do RJ para tratamento de queimaduras

Pele do peixe pode ser usada em pacientes com queimaduras de 2º grau em até 30% do corpo. Foto: Reprodução/Prefeitura do Rio

Rio de Janeiro – O Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, em fase experimental, está usando a pele da tilápia, peixe de água doce, para tratar pacientes vítimas de queimaduras graves. O hospital é o primeiro no estado a realizar o tratamento.

A pele da tilápia começou a ser utilizada em dezembro de 2019 no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) da unidade, como parte do estudo multicêntrico liderado pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Duas pacientes com queimaduras graves foram tratadas com a pele do peixe, e apresentaram cicatrização mais rápida e com menos queixas de dor.

O produto passa por vários tratamentos até ser totalmente desinfetado e estar pronto para uso. A pele do peixe é rica em colágeno, resistente e elástica, o que contribui para a cicatrização em diferentes níveis. O curativo pode ser usado em pacientes com queimaduras de 2º grau em até 30% do corpo.

A atadura feita com a pele da tilápia tampa toda a ferida, como se fosse uma cola protegendo o local e pode permanecer na área queimada por vários dias. Quando ela sai ou vai sendo removida, a ferida já está cicatrizada. Segundo estudos médicos, a técnica é considerada simples, barata e menos dolorosa. A vantagem é que o uso reduz a dor do paciente durante o tratamento e acelera a cicatrização.

A técnica está em fase de avaliação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e passa por estudos nessa fase experimental.

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