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Cantora gospel denuncia agência de talentos por abusos

Gaby Cardozo foi revelada em um programa de calouros da televisão brasileira em 2023. Foto: Arquivo pessoal

A cantora gospel Gaby Cardozo e a família estão denunciando uma agência de talentos de São Paulo por abusos trabalhistas, financeiros e psicológicos, e xenofobia. A adolescente de 17 anos foi revelada em um programa de calouros da televisão brasileira em 2023 e, desde que se mudou para São Paulo, vive momentos delicados.

Chegando a São Paulo, no entanto, a realidade foi diferente do que a família imaginava. A rotina ficou mais pesada e ao mesmo tempo o dinheiro foi desaparecendo. Gaby começava a trabalhar às 9h e só terminava à meia-noite.

Eles tentaram sair do contrato, mas o grupo cobrou R$ 20 milhões em multa pelo rompimento – valor que não é possível de ser pago pela família. A gravadora e a agência de talentos fazem parte do mesmo grupo.

A Justiça de São Paulo suspendeu o contrato entre Gaby Cardozo e agência de talentos, após ela denunciar sofrer abusos psicológicos e xenofobia no local de trabalho. A jovem estaria sem poder realizar shows e com sua carreira pausada. A 9ª Vara Cível, do Foro de São Bernardo do Campo (SP), recebeu o pedido do advogado Jorge Umbelino, que representa a cantora, e determinou “a antecipação dos efeitos da tutela para suspender o contrato celebrado entre as partes”, no último dia 13 de março.

Com isso, o juiz definiu que a empresa “se abstenha de realizar agendamento de shows, gravações e quaisquer outros eventos para a autora, sob pena de caracterizar crime de desobediência, e imposição de multa no valor de R$ 1.000,00 para cada agendamento indevido”.

Por meio de nota, a Way Entertainment informou que a denúncia da cantora e da família “é completamente infundada”.

“A artista busca se escusar das suas responsabilidades contratuais. A busca pela tentativa de rescisão partiu da própria artista e da família. De maneira extrajudicial foram tentadas várias formas de transação, contudo todas as propostas de composição foram recusadas pela família da artista. A empresa sempre se manteve aberta para o diálogo”, disse a empresa, em nota.

Sobre as acusações de xenofobia pela jovem ter saído do nordeste, a empresa disse que “isso nunca existiu”. “Não faz nenhum sentido. A empresa não teria feito um investimento tão vultuoso na carreira da artista e teria esse posicionamento.”

 

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